Chupa-Ámen #7
Choque teológico |
Padre inglês celebra missas ao som de bandas góticas. [...] Além dos Sisters of Mercy, a banda sonora do serviço religioso é fornecida por nomes como os Joy Division ou os Depeche Mode. (Diário Digital)
Com este expediente, o Reverendo Marcus Ramshaw, DJ das missas supracitadas, talvez me apanhasse na sua paróquia. É uma pena que por cá ninguém tenha o mesmo espírito missionário. Infelizmente, o mais emocionante que se apanha por cá são os escuteiros a cantar o Louvado sejas acompanhado por frenética viola. A música tem algum swing, não o nego, mas já só serve para acordar a assistência no final da celebração.
De resto, a Igreja portuguesa poderia tornar as suas missas mais atractivas sem ter que cair no regabofe das missas com Gospel, pândega pouco consonante com a ideia de Fé transmitida pela tradição judaico-cristã.
Alguns meros detalhes fariam da igreja um local mais aprazível para os crentes actuais e mais atraente para os potenciais. Quanto à música, estamos conversados. É preciso renovar o repertório. Se não se assobia na rua, não interessa.
A hóstia poderia ser substituída por uma Belga ou uma Tucha, sem prejuízo do simbolismo. Na pior das hipótese, uma bolachita de água e sal já servia o propósito. Se mesmo isso não caísse bem junto das cúpulas dirigentes, avançava-se para as hóstias coloridas. Dão outra alegria à comunhão e as crianças gostam.
O cálice de vinho que só o padre tem direito a degustar segrega a comunidade. Não faz sentido que enquanto o padre molha os lábios, a malta fique embuchada a tentar empurrar a hóstia. O vinho deveria ser distribuído pela assistência, eventualmente na forma de prova de vinhos, devidamente assistida por enólogo credenciado.
Finalmente, a criação, no final da missa, de um espaço lounge com pufes e DJ sets, onde a comunidade se pudesse descontrair e discutir os assuntos da espiritualidade.
Tinha algum mal?
[o.calvin] [Permalink]
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