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25.1.06

Chupa-"Hum,bem-pensado!" #1

Fatos novos

Departamento: João Troviscal — jtroviscal @ 12:59 am

Há por aí alguém capaz de me explicar porque razão é que, quando compro um fato novo, tenho sempre os bolsos todos cosidos? E aviso desde já para avisar que aquela velha resposta do “ah, é para se saber que é novo e que ainda ninguém o usou” não pega! Isso é possivelmente a resposta mais estapafúrdia de sempre (bom, de sempre talvez não seja; há aquela que dei ao meu sobrinho mais novo quando ele me perguntou se podia brincar com a picadora de carne: “certifica-te que está ligada à corrente!”). Vamos lá analisar a situação objectivamente: eu estou a comprar um fato numa loja (não é num beco escuro, não é da mala de uma carrinha a um qualquer duvidoso dealer de vestuário), porque hei-de ter eu dúvidas, à partida, quanto à idoneidade destes comerciantes? Eu acredito que eles me estão a vender um fato novo. Eu estou preparado para esse acto de fé que, seguramente, assustará muita gente… Mas, se há por aí gente a quem faria muita confusão comprar fatos sem bolsos cosidos, eu pergunto: como é que são capazes de comprar qualquer outro tipo de roupa? Afinal, é só em fatos e alguns casacos que este estranho fenómeno se verifica. Como é que são capazes de comprar, por exemplo, cuecas? Pessoalmente, preferiria que me fosse dada uma garantia que ninguém utilizou a roupa interior que compro, do que semelhante garantia mas para um casaco… Eu era capaz de me entregar, de bom grado, à actividade de cortar os pontos que impediriam a utilização de umas cuecas novas. Mas não, parece que ninguém sente particular preocupação em garantir que a roupa que contacta com os nossos órgãos genitais não tocou em quaisquer outros semelhantes órgãos. Agora CASACOS?! Alto e pára o baile! Será que nós, enquanto sociedade, desenvolvemos uma espécie de paranóia colectiva quanto aos fatos? E como é que isto começou? Será que havia para aí uma corja de burlões que tentavam fazer passar fatos usados por novos, e que o problema se tornou grave ao ponto de serem necessárias medidas extremas como esta? E, já agora, que raio de garantia é que um bolso cosido me dá? Como se fosse impossível usar um casaco com os bolsos fechados…
Por tudo isto, parece-me que a verdadeira razão para a existência daqueles malditos pontos continua por desvendar… Pode ser só por sadismo doentio, talvez seja por existir a possibilidade (algo remota, é certo, mas ainda assim existente) de o cliente dar cabo do fato no decorrer do delicado processo (e, consequentemente, ter de voltar à loja para comprar outro), ou pode até ser por razões psicanalíticas (como Freud explicaria, o acto de romper aqueles pontos dos bolsos tem uma correspondência psicanalítica directa com o acto de romper o hímen)…
E é com esta inquietação que deixo o fiel leitor. Mas, por favor, se descobrir a resposta, tenha a bondade de dizer qualquer coisa nos comentários. Eu PRECISO de saber!

(Uma dica que é capaz de facilitar esta sua/nossa demanda: se conhecer algum alfaiate, espanque-o até ele cuspir toda a verdade)

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