Esta notícia é do Diário Digital e está de tal maneira mal redigida que parece mentira. Comecemos pela matemática acidental:
Que é como quem diz, das cinco pessoas que foram atropeladas há uma que não interessa muito. Se não era fotógrafo nem espectador, nem devia ali estar, supõe-se.
Agora, as consequências.
Um dos três fotógrafos sofreu apenas esfoliações. Apenas? Há quem pague por isto, não sei se sabem. (Gostava de saber se o redactor desta notícia conseguirá salvar a pele)
Além disto, temos a saliência final do redactor rematada por umas acusatórias reticências, como que dizendo as vítimas estavam num local proibido, o que é que queriam? Ou então as vítimas estavam num local proibido: cada um tem o que merece. Ou então não era nada disto que ele queria dizer. (E é mesmo por isso que não se usam reticências numa notícia)
Em último lugar, o enquadramento da tragédia é dado pela seguinte frase.
Armindo Araújo já ia doido e antes do acidente já tinha feito um peão, ali em pleno Rally de Portugal e à frente de toda a gente (contrariando, por exemplo, a prática corrente no futebol que é de evitar este tipo de actividades antes dos jogos).
Pelo menos sempre ficámos a saber quem era a quinta vítima.
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